quinta-feira, 22 de julho de 2010
A Escola não Pode Trabalhar Isolada
A Escola não pode trabalhar isolada
Não há dúvidas de que ser professor, hoje, é mais complexo do que no passado. Além dos saberes específicos sobre a disciplina que lecionam, os professores têm que lidar com o avanço constante da tecnologia e com a complexidade social que traz uma série de reflexões para o seu trabalho. No passado, entravam na escola apenas as pessoas de alto poder aquisitivo. Era a escola elitizada. Talvez seja esse o motivo de ouvimos com tanta constância que a escola do passado era melhor, que os professores eram mais respeitados. Certamente era mais fácil de se trabalhar até porque a figura do professor, no contexto social era muito mais respeitada.
Mas hoje, segundo a nossa Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e as Agências Internacionais, a Educação é para todos. Acrescente-se ainda a obrigatoriedade do Ensino Fundamental aos menores de 18 anos, cujos pais são os responsáveis. Quer dizer, temos uma escola frequentada por pessoas de diferentes tipos de pensamentos, de educação, de credos e raças. Todos convivem no mesmo espaço e têm o direito ao conhecimento. Isso gera um certo desconforto na própria comunidade escolar que precisa encontrar a cada dia novas formas de cativar seus alunos e tentar levar conhecimentos a todos esses setores.
Aí entra a reflexão: a escola consegue educar formalmente a todos indistintamente? Todos os alunos que lá estão querem encontrar uma forma de mudança de vida e de hábitos?
Precisamos pensar nestas e em outras questões para melhorarmos a visão que a sociedade e os meios de comunicação têm do ensino público e de seus professores. Estes, por sua vez, sobretudo com a rapidez do avanço tecnológico, precisam obter novas formas de ensinar, o que exige sempre a tão propalada formação continuada. Mas, com a jornada dupla ou muitas vezes tripla por causa dos baixos salários como pode o docente encontrar forças, disposição para preparar suas aulas? Enquanto o tempo passa, ali está o professor, muitas vezes, com as mesmas aulas de anos anteriores e sem interesse e motivação para dar o melhor para seus alunos. Será que esse profissional, assim como seus colegas, cria condições para se organizar, para refletir e conversar sobre suas práticas e reelaborá-las?
A escola não pode trabalhar sozinha, mas em conjunto com as Secretarias de Educação e com outros órgãos a fim de se criar um conjunto de condições, de regras e de lógicas de trabalho. À medida que se trocam experiências, dá-se origem a uma atitude reflexiva da parte dos professores.
A partir de atitudes como estas, mudanças positivas poderão ocorrer no ambiente de trabalho e na própria qualidade final do ensino. Todos sairão ganhando com isso.
Márcio Antonio da Costa
Gestor Escolar
Não há dúvidas de que ser professor, hoje, é mais complexo do que no passado. Além dos saberes específicos sobre a disciplina que lecionam, os professores têm que lidar com o avanço constante da tecnologia e com a complexidade social que traz uma série de reflexões para o seu trabalho. No passado, entravam na escola apenas as pessoas de alto poder aquisitivo. Era a escola elitizada. Talvez seja esse o motivo de ouvimos com tanta constância que a escola do passado era melhor, que os professores eram mais respeitados. Certamente era mais fácil de se trabalhar até porque a figura do professor, no contexto social era muito mais respeitada.
Mas hoje, segundo a nossa Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e as Agências Internacionais, a Educação é para todos. Acrescente-se ainda a obrigatoriedade do Ensino Fundamental aos menores de 18 anos, cujos pais são os responsáveis. Quer dizer, temos uma escola frequentada por pessoas de diferentes tipos de pensamentos, de educação, de credos e raças. Todos convivem no mesmo espaço e têm o direito ao conhecimento. Isso gera um certo desconforto na própria comunidade escolar que precisa encontrar a cada dia novas formas de cativar seus alunos e tentar levar conhecimentos a todos esses setores.
Aí entra a reflexão: a escola consegue educar formalmente a todos indistintamente? Todos os alunos que lá estão querem encontrar uma forma de mudança de vida e de hábitos?
Precisamos pensar nestas e em outras questões para melhorarmos a visão que a sociedade e os meios de comunicação têm do ensino público e de seus professores. Estes, por sua vez, sobretudo com a rapidez do avanço tecnológico, precisam obter novas formas de ensinar, o que exige sempre a tão propalada formação continuada. Mas, com a jornada dupla ou muitas vezes tripla por causa dos baixos salários como pode o docente encontrar forças, disposição para preparar suas aulas? Enquanto o tempo passa, ali está o professor, muitas vezes, com as mesmas aulas de anos anteriores e sem interesse e motivação para dar o melhor para seus alunos. Será que esse profissional, assim como seus colegas, cria condições para se organizar, para refletir e conversar sobre suas práticas e reelaborá-las?
A escola não pode trabalhar sozinha, mas em conjunto com as Secretarias de Educação e com outros órgãos a fim de se criar um conjunto de condições, de regras e de lógicas de trabalho. À medida que se trocam experiências, dá-se origem a uma atitude reflexiva da parte dos professores.
A partir de atitudes como estas, mudanças positivas poderão ocorrer no ambiente de trabalho e na própria qualidade final do ensino. Todos sairão ganhando com isso.
Márcio Antonio da Costa
Gestor Escolar
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